Há 36 anos nasciam os Diabos Vermelhos




Os Diabos Vermelhos são a claque mais antiga do Sport Lisboa e Benfica. A claque desloca-se a todos os jogos nacionais e internacionais, apoiando o Benfica por todo o mundo, e, em diferentes modalidades particularmente o Hóquei em Patins. No Estádio da Luz, estes apoiantes podem ser encontrados sempre no sector 28 piso 0 inferior e superior, da bancada norte.

Inicio
Os Diabos Vermelhos nascem em 1982. O nascimento dá-se pela união de um grupo de sócios do S.L.Benfica que habitualmente se reunia na bancada central 2.º anel do Estádio da Luz, anteriormente ao aparecimento da claque. Em novembro de 1982, aparece a primeira faixa dos D.V. e com ela algumas bandeiras. O grupo começa a formar-se então como uma verdadeira claque, bastante incentivada com a excelente prestação da equipa encarnada na Taça UEFA e contando com o factor "novidade", rapidamente, juntou muitos jovens adeptos. As características, iniciais, da claque eram muito próprias: caras pintadas (às vezes também o cabelo), utilização de muitas dezenas de bandeiras, predominantemente só vermelhas e brancas, faixas com o nome da claque com os mais variados símbolos, constante, de símbolos britânicos como a conhecida e tradicional bandeira inglesa ou a "Union Jack" pelas suas cores eram adoptadas no seio da claque. Os tifos apesar de não serem muito originais davam nas vistas pelo "excesso", que parecia ser o lema da altura, dezenas de tochas e potes coloriam o "sector ultras" do Estádio da Luz, e as grandes bandeiras envolviam-se no ar com os muitos rolos lançados.

No apoio vocal, os DV eram considerados como uma claque ruidosa, mas como nas outras claques existentes na altura, os cânticos baseavam-se em gritar pelo nome do clube ou, única e exclusivamente, insultar a equipa adversária.

Com o passar do tempo e já com os DV no 1.º anel da central, a claque juntava muita gente na Luz bem como nas suas deslocações, das quais se destacavam as que eram feitas aos estádios dos seus rivais Sporting e Porto, onde às vezes aconteciam incidentes, mas nunca com finais trágicos, pois nessa altura as lutas eram espontâneas e leais, não eram premeditadas e planeadas e baseavam-se na luta (leal) corpo a corpo. Outros incidentes aconteciam, mas em situações facilmente controláveis.

A pouco e pouco os Diabos Vermelhos foram renovando o seu material, aparecem novas faixas e bandeiras começam a ter novas características; se até então predominava o vermelho e branco a partir de uma certa altura começam a utilizar-se cores derivadas e ou conjugadas com as originais do clube. Aparece então o laranja, o amarelo etc.. Tudo isto vem renovar um pouco a imagem da claque que assim se mantém até final da década de 1980 inícios de 1990. 


Rutura e aparecimento dos No Name Boys

Numa fase em que a claque contava com excelentes apoios da direcção do clube, alguém se lembra de renovar a direcção da claque, só que essa tentativa falhou e criou-se uma ruptura no seio do grupo, isto em inícios de 1992, chegando mesmo a haver dois grupos, em sítios diferentes do estádio, com o mesmo nome "Diabos Vermelhos". Todo este processo que envolveu o abandono de alguns membros da claque fez com que o grupo, praticamente, batesse no fundo, embora tenha conseguido ficar com o nome original. Foi aí que nasceram os No Name Boys.

A fractura no seio do grupo ditou a queda da claque, que nunca tinha tido mais de 500 inscritos mas que de qualquer forma, juntava sempre muita gente que não era sócia, o grupo então dividiu-se e a afluência de jovens começou a escassear de tal forma que mais ou menos em 1992/1993, a claque chega a ter apenas cerca de 10 elementos na bancada.


Nova Organização

A falta de alternativas da anterior direcção do grupo fez com que aparecesse uma nova organização impulsionada, principalmente, por dois dos maiores núcleos dos DV, Almada e Olivais. Esta nova organização nunca deixou acabar o grupo e poucos ou muitos lá estavam sempre nos jogos do Benfica no Estádio da Luz ou fora dele. Foi feita a renovação dos sócios da claque e no final da época 1992/1993 apenas havia 87 inscritos, no entanto, a união deste grupo organizador e a sua decisão de levar este projecto em frente ia dar os seus frutos, embora não tenha sido fácil, principalmente quando a direcção tirou todos os apoios ao grupo, por este, ter utilizado por várias vezes bandeiras com cruzes suásticas e por muitos dos seus membros serem skinheads e se conectarem com a extrema direita. Apesar dos símbolos terem desaparecido o apoio jamais voltou. Os acontecimentos no Restelo marcaram a claque perante toda a sociedade portuguesa, não pelos confrontos, que não passaram de verbais, mas sim pela exibição da referida suástica. Com o tempo, a politização do grupo acalmou, bem como todos os outros grupos nacionais que tentaram dar nas vistas da mesma forma e com isto o novo projecto continuou a prosseguir.







Núcleos

Como todas as grandes claques os Diabos Vermelhos têm diversos núcleos espalhados pelo país e pelo mundo sendo alguns deles:

- DV Margem Sul

- DV Alentejo

- DV Tomar

- DV Algarve

- DV Norte

- DV Alhandra

- DV Alverca

- DV Londres

- DV Paris

- DV Luxemburgo

- DV Lausanne

- DV Alentejo

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